Na segunda-feira (21) aconteceu a última reunião do ano do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Vitória. Reunião essa, diga-se de passagem, convocada ilegalmente visto não ter sido respeitado o prazo mínimo de antecedência previsto no Estatuto Social do clube. A Frente Vitória Popular encaminhou a Fábio Mota, Presidente do Conselho Deliberativo, requerimento advertindo o flagrante descumprimento estatutário, Estatuto esse que Fábio Mota deveria conhecer e zelar, mas como de costume o requerimento sequer foi respondido.
As pautas da reunião foram: apreciar e julgar o parecer do Conselho Fiscal referente as contas do clube no exercício do conselho diretor no ano de 2019 - parte que compete ao presidente Paulo Carneiro; Orçamento 2021 e instituição de taxa ao conselho Deliberativo.
Quanto as contas do exercício de Paulo Carneiro em 2019, somente a Frente Vitória Popular votou pela reprovação visto que o Conselho Fiscal apresentou o mesmo relatório já reprovado em reunião anterior. O relatório recomendava aprovação sem ressalvas e foi alvo de inúmeros questionamentos técnicos não respondidos a contento pelo Conselho Fiscal, evidenciando o seu amadorismo e descompromisso com o Vitória. Cabe destacar a falta de decoro do Presidente do Conselho Deliberativo, Fábio Mota, que acusou os conselheiros eleitos pela Frente Vitória Popular de "querer atrapalhar o clube" ao votar pela reprovação. Lamentavelmente Fábio Mota atua como verdadeiro advogado do Conselho Diretor e não em prol dos interesses do Vitória.
O segundo item da pauta, referente ao Orçamento de 2021, o vice-presidente, Luis Henrique realizou a apresentação da proposta com clareza e objetividade. A Frente Vitória Popular recomendou que não fosse aprovado o orçamento integral de 2021, visto que ainda não sabemos qual divisão o clube jogará em 2021, algo que irá influenciar de forma significativa o orçamento. Contudo, sugerimos ao Conselho aprovar orçamento referente aos meses de Janeiro e Fevereiro pois o clube não deve suspender suas atividades e precisa honrar com os compromissos.
Sobre o último item da pauta, a cobrança de taxa compulsória aos conselheiros(as), votamos contra mais uma vez por entender que essa medida tem como único objetivo afastar o torcedor da vida política do clube, além da falta de transparência na aplicação do recurso. O mundo está atravessando uma crise sanitária, política e econômica com milhões de pessoas desempregadas.
Perguntamos a você, torcedor, caso estivesse fazendo parte do Conselho Deliberativo hoje você teria condições de pagar R$1.200,00 além do SMV? Esse dinheiro não faria falta às suas despesas e da sua família? Pois a elite sanguessuga que ocupa maioria das cadeiras do Conselho Deliberativo afirma categoricamente que não. Que "R$100,00 não é nada", não faz falta, mas nós da FVP sabemos que R$100,00 por mês é superior ao valor que muitas famílias recebem com o Bolsa Família, por exemplo, e esses torcedores também merecem fazer parte do Conselho Deliberativo do Vitória se assim desejarem.
Cabe destacar que já colaboramos com o clube pois para se tornar conselheiro(a) é precico ser associado e ter ao menos 18 meses de contribuição ininterrupta. Além disso, viajamos para acompanhar o Vitória por todo país, compramos produtos oficiais do clube e encabeçamos campanhas como a realizada em prol do Futebol feminino e a destinada a pagar 14 planos anuais do Sou Mais Vitória para torcedores que não tenham condições de custear. Esses são alguns dos exemplos que mostram o compromisso da Frente Vitória Popular em colaborar com o clube, inclusive financeiramente, mas não iremos concordar com a (re)elitização do Conselho. O Vitória é da sua torcida e não de poucos abastados.
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