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O que aconteceu na última reunião do Conselho Deliberativo?

O caos institucional que se instaurou no nosso clube pôde ser vivido intensamente pelos conselheiros e conselheiras presentes na reunião.



Se pudéssemos resumir em poucas palavras, diríamos que ontem, na reunião do Conselho Deliberativo, tivemos o retrato mais fiel do que é a atual gestão do Esporte Clube Vitória. O caos institucional que se instaurou no nosso clube pôde ser vivido intensamente pelos conselheiros e conselheiras presentes na reunião.


Os senhores “expertise”, autoproclamados “cardeais”, primeiro debandaram do Conselho Fiscal por razões obscuras, nos obrigando a fazer uma eleição suplementar para recompor o órgão em outubro de 2021. Depois, o vice-presidente do Conselho Diretor se afastou e mais tarde renunciou, e o presidente, Paulo Carneiro, foi destituído pelos sócios na última AGE (maio de 2022), sob inúmeras acusações. O presidente do Conselho Deliberativo (Fábio Mota) passou a ocupar o cargo vago de presidente do clube, e o vice-presidente do mesmo órgão (Antônio “Cacau” Menezes), que nem sócio era, se autoproclamou presidente do Conselho Deliberativo de forma irregular, tendo renunciado dias depois após denúncias e pressão da torcida.


Está claro que o desejo desses senhores não é o de cuidar do Vitória, e sim o de não deixar que nenhum outro torcedor ou grupo de torcedores assuma o clube e o leve para o futuro, abandonando o passado que eles representam.


Foi por causa desse caos, e por termos um estatuto social omisso, que ontem tivemos de realizar duas votações. A primeira decidiu se convocaríamos uma nova AGE para, entre os sócios, escolher os novos presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo; ou se decidiríamos ali mesmo, de forma indireta, quem ocuparia os cargos vagos.


A Frente Vitória Popular – FVP se dividiu. Em situações normais defenderíamos que a escolha fosse remetida para os sócios, assim como foi a eleição suplementar do Conselho Fiscal, por ser mais democrático, já que ampliaria a participação dos sócios. Inclusive seria muito mais fácil sairmos vencedores da eleição direta do que da eleição indireta, já que temos apenas 28 dos 167 conselheiros (eleitos + vitalícios). E foi esse o entendimento de parte da FVP.


Outros conselheiros, entretanto, entenderam que convocar uma nova AGE para escolher quem ocuparia os cargos vagos colocaria em risco a AGE de Reforma do Estatuto do próximo sábado (11/06), pois não sabíamos quando essa eleição aconteceria.


Para piorar, só temos mais 3 meses até as eleições gerais de setembro, tendo os novos presidente e vice do Conselho Deliberativo quase nenhum tempo para ocupar os cargos. O risco de o Vitória mergulhar ainda mais no caos era imenso. É importante ressaltar que temos mais de 5/6 de mandato transcorrido e pelo estatuto atual, nestas condições, a eleição para o Conselho Diretor se dá de forma indireta. Há, portanto, um precedente.


A proposta de eleição indireta saiu vencedora e partimos então para a votação.


Aqui é importante relatar os bastidores. Como a FVP tem menos de 17% das cadeiras do Conselho, e era importante eleger um presidente que garantisse a AGE de Reforma do Estatuto, passamos os últimos dias tentando construir uma chapa que conseguisse derrotar os “cardeais” e que representasse a exigência da torcida por renovação. O conselheiro Vagner Reis, da FVP, colocou o seu nome à disposição para compor a chapa, mesmo na vaga de vice-presidente.


Entretanto, minutos antes da votação, recebemos a notícia de que a chapa não se confirmou, tendo sido apresentado o nome de Nilton Almeida, fortemente vinculado aos “cardeais”. A FVP se recusou a montar chapa com Nilton Almeida e lançou o seu próprio candidato. Para a nossa surpresa, tivemos mais de 30% dos votos, porém não foi suficiente para sairmos vencedores da eleição indireta.


Agora, com todos os cargos ocupados, desejamos que esse fim de gestão tente mudar um pouco a imagem deixada até aqui, adotando praticas democráticas e profissionais, a começar pela condução da AGE do próximo sábado. Será nessa AGE que a torcida começará a escrever um novo capítulo da nossa longa história. É hora de se mobilizar!

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